4 de Setembro de 2014
Revista Sábado
Sociedade
Também há a escova e a navalha do rei D. Carlos. Joaquim Pinto
exibe-os com orgulho no Museu dos Barbeiros e Cabeleireiros, no centro
comercial Apolo 70
Por Tiago Carrasco
Na feira de Algés, uma escova com cabo de prata prendeu a atenção do
barbeiro Joaquim Pinto. A vendedora sabia que a peça era antiga e nobre,
mas não tinha reparado no símbolo que se encontrava na parte de trás do
objecto – RC –, as iniciais do Rei D. Carlos, monarca assassinado em
1908. Joaquim acabou por comprar a escova real por 75 euros. “Se a
comerciante soubesse que era a escova do rei, teria custado uma
fortuna”, diz o barbeiro-coleccionador.
Há mais de 30 anos que este homem anda de feiras em antiquários à
procura de relíquias relacionadas com a arte de barbear e pentear. Aos
objectos comprados somam-se os que lhe foram oferecidos, como a navalha
com brasão real que talhou o penteado de D. Carlos, entregue por um
velho amigo do barbeiro do rei; e os usados pelo próprio Joaquim na
cabeça e na face de grandes personalidades portuguesas, como a tesoura e
restantes ferramentas que desenharam o último corte de Francisco Sá
Carneiro. “Foi para o outro mundo com um penteado feito por mim”, diz
Joaquim, num tom que mistura orgulho e pesar.
Leia o artigo, na íntegra, na revista de 4 de Setembro, com as
imagens do objectos da colecção. E veja aqui o vídeo da reportagem.
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