sexta-feira, 27 de junho de 2014
Viajei no tempo e recordei colegas
Devo muito aos meus colegas o pouco que aprendi na profissão, pois
sempre admiti que a evolução se deve alimentar nos contatos e nas
formações da classe, sem as raivinhas e invejas, mordendo a arte e a sua
criatividade, minando-a com alguma ignorância, se por aqui tambem passa
alguma liberdade de sermos uteis no colectivo da nossa profissão.
Sempre ajuizei que é no espaço dos nossos salões, que devemos vencer
pela dedicação, o todo do serviço prestado, partindo daí para a
disponibilidade dos contatos e da cordialidade entre os colegas, nem
sempre fácil, porque alguns caminharam e ainda o fazem nos seus
percursos com a fantasia dos reis que vão despojados de bens essenciais,
o respeito por si e pelos outros no espaço profissional.
Não estou arrependido de ter sido um”pinga amor na profissão "de ter
levado com a porta na cara, como aconteceu no ultimo festival da
Figueira da Foz, mas o que ficou foi o grande exito da nossa classe,
vindos do Minho ao Algarve, enquanto os meus colegas da Figueira,(
felizmente para eles) já sabem tudo e projectaram o estatuto da
indiferença que nunca me alimentou sobrancerias.
Tenho dado e sem retorno a minha disponibilidade pela profissão,
garantindo-vos que o Festival da Figueira, não morrerá nos próximos
anos, mas não me peçam para promover as roupagens dos trezentos e as
figurações só para comover o olho, porque este sentimento pelas causas
não se compram, continuam a nascer por dentro dos que são felizes com
elas.
Sem lisonja e a medriçe da hipocrisia, recordei hoje o Fernando e o
Joaquim, entre tantos outros espalhados pelo país, que de vez em quando
ao tocar o telemóvel, fico a pensar o que fiz eu para merecer estas
mensagens de amizade
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