29 de novembro de 2011


POR OLIMPIO FERNANDES - CABELEIREIRO FIGUEIRA DA FOZ

Vamos apoiar o Museu do Barbeiro e Cabeleireiro.

0 comentários Barbeiros, cabeleireiros, aprendizes , ajudantes e oficiais, só podem evoluir na profissão e nos processos técnicos , se partilharem com humildade, as suasexperiências em grupos de formação, caso contrário o isolamento terá os seus custos de menos motivação e traz consigo perniciosa estagnação.
Ainda jovem na profissão, abalizava com colegas , em Lisboa, este delicado processo de envelhecimento profissional, e chegámos á conclusão que o envelhecimento físico é inevitável, mas a parte criativa e propostas de modernidade depende só do gosto e do profissionalismo de cada um
Por isso o Museu do Barbeiro e Cabeleireiro, do nosso colega Joaquim Pinto, em Lisboa , online, é um espaço que deve motivar a classe, ocupando-o com opiniões e trabalhos criativos ou não, desde que esse interesse nos motive sempre a fazer a diferença dos trabalhos em cortes , penteados, etc;
O museu tem a particularidade de nos mostrar utensílios que fazem as memórias de uma profissão antiquíssima, desde as navalhas de barba , tesouras, uma montra imensa e riquíssima de história da arte de barbeiros e cabeleireiros.Várias exposições em Lisboa e no país , faz do museu de Joaquim Pinto, único no género em Portugal, e justifica o apoio de todos os que vivem no colectivo das ideias e da própria natureza do seu crescimento profissional, pois com diz Joaquim Pinto, há velhos que são novos , e novos que são velhos.

REVISTA PENTEADOS, EDIÇÕES ROMANO

PUBLICADO PELA REVISTA PENTEADOS
EDIÇÕES ROMANO

26 de novembro de 2011

Quinta-feira, Novembro 24, 2011

Anselmo Borges nas Jornadas Teológicas do Instituto Superior de Teologia, em Viseu

Anselmo Borges foi o primeiro conferencista destas Jornadas Teológicas, organizadas pelo Instituto de Teologia, que decorreram nos passados dias 21 e 22, em Viseu. Falou do tema “Secularização e Cristianismo” logo após a sessão de abertura, das 10 às 12h, com um intervalo, tendo havido um pequeno espaço de debate no final. Foi uma conferência seguida com muito interesse pelos participantes, entre os quais se integravam estudantes de teologia, sacerdotes e professores.
Começou por contextualizar desde as origens do cristianismo esta questão, tendo feito a destrinça conceptual entre secularização, laicidade e laicismo. Caracterizou o pensamento da modernidade, que veicula a realização da salvação da humanidade na imanência da história, como ateísmo positivo, profundamente inspirado e imbuído de uma concepção teológica. E definiu a pós-modernidade, em que vivemos, como a secularização da secularização.
Realçou que o cristianismo começou por ser surpreendentemente secular. Havia ministérios e carismas, mas não havia castas sacerdotais. A liturgia era celebrada em torno de uma refeição. Não havia templos nem língua sagrada. Com razão, a nova religião foi acusada de ateísmo.
O mundo antigo tinha uma visão panteísta ou panteizante da natureza e do mundo, ao contrário da concepção bíblica, de que o Ocidente é herdeiro, em que há uma separação entre Deus e o mundo, criatura e Criador. Deus criou do nada, ex-nihilo, livremente e por amor. O mundo não é divino. Não há rivalidade nem concorrência de interesses entre Deus e a criatura. A ciência progrediu no Ocidente, devido a esta distinção. Já no séc. XIII, S. Tomás de Aquino, na linha e por influência da “filosofia árabe-aristotélica” na península ibérica, reivindicou para a filosofia o estatuto de um corpo de conhecimentos como uma construção autónoma e crítica da razão, cujo contributo foi fundamental para a elaboração e fundamentação dos seus princípios teológicos. Foi tudo isto que tornou possível o despontar do Iluminismo séculos mais tarde. A esta luz, ganham todo o sentido as palavras de Cristo “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
Infelizmente com o avanço do cristianismo ao longo do império romano, a mensagem e a prática foram sendo desvirtuadas. Constantino instrumentalizou a nova religião, “por motivos de Estado”, convocando concílios e desterrando patriarcas e bispos. A partir de então, “a contaminação” entre o poder espiritual e temporal estabeleceu-se. Com o Papa Bonifácio VIII, que fixou a doutrina dos dois poderes, os reis eram ungidos e governavam em nome de Deus por delegação. Mesmo Lutero reconhecia o carácter divino da autoridade estabelecida.
Foi no tratado de paz de Vestfália de 1648, que pôs fim à guerra dos 30 anos ( onde estiveram em jogo, entre outras, motivações religiosas), que se utilizou a designação “secularização” como apropriação/transferência dos bens eclesiásticos para o Estado. Na origem está o vocábulo latino saeculu(m), que significa período de 100 anos, vida no mundo, por contraposição à vida religiosa. Por isso se diz de um padre, quando abandona a vida sacerdotal, que passou ao estado secular ou estado laical. Do uso no âmbito da esfera jurídica passou para a esfera cultural, que hoje tem.
Anselmo Borges defendeu um Estado laico, estabelecendo a diferença entre os valores da laicidade, que defende um quadro normativo respeitador da adesão ou não a uma religião e ao direito de manifestação pública das crenças religiosas, de laicismo que pugna pela erradicação da religião da esfera pública, remetendo-a para a esfera privada de forma a diminuir e a anular a influência religiosa na sociedade. Referiu que um Estado laico não pode deixar de considerar o papel social e cultural das instituições religiosas e de agir em conformidade. Disse também que a religião pode constituir um recurso na orientação da razão, na busca de princípios e normas éticas, na articulação para a sensibilidade moral. Neste sentido, trouxe à colação uma reflexão de Habermas (que é agnóstico), escrita depois do 11 de Setembro, em que chama a atenção de algo que a razão não pode explicar: o perdão. Porque o perdão, uma dimensão constitutiva da matriz religiosa, designadamente a cristã, é um milagre, já que o algoz não tem direito ao perdão, e a vítima não é obrigada a perdoar. E o mesmo filósofo “reivindica” a necessidade da ressurreição dos mortos como imperativo ético, pois só assim será feita justiça aos milhões e milhões de vítimas inocentes.
Se na modernidade ainda se luta e promete a redenção na terra, sendo a teologia uma antropologia, na nossa época (na pós-modernidade) vive-se a secularização da secularização. È o fim das grandes narrativas, em que predomina a desconfiança da razão. É a era do pensamento débil e das pequenas histórias. É o mundo sem Deus, embora com religiões a mais, e caracterizado pela perda de sentido. É o tempo da sociedade sem tabus, excluindo a morte, que é grande questão insolúvel, e por isso apresentada como tabu.
“E encarnou pelo Espírito Santo no seio da Virgem Maria, e se fez Homem. Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; padeceu e foi sepultado. Ressuscitou ao terceiro dia, conforme as Escritura…”, proclamamos no Credo. O que aconteceu entre o nascimento e a ressurreição? O percurso dos discípulos com Jesus, que ouviram as suas palavras e viram os seus gestos e sinais, constituiu uma experiência avassaladora, de tal forma que alterou o rumo das suas vidas. Tornou-se-lhes claro que o Deus que Ele anunciou, era um Deus de Vida. E Jesus tinha de “estar” vivo. Foi esta profunda convicção que os mobilizou a anunciar a Boa Nova, dando por isso a vida e a vida até à morte.
A terminar, Anselmo Borges lançou o desafio para que se recupere o roteiro da vida de Jesus Cristo, acrescentando que mundo secularizado tem a vantagem de implicar uma fé mais esclarecida e uma mais consequente coerência de vida. Mas tem de haver uma maior sintonia da Igreja com o Mundo, tornando, designadamente, "as celebrações mais atractivas, com liturgias belas”, concluiu.
Publicado por Marinho Borges Às 11:26

25 de novembro de 2011

Senhora Ângela Caeiro, Paião, Figueira da Foz.

A Sra. Ângela Caeiro, nasceu em Hamburgo, Alemanha ,e é casada com o Sr. João Caeiro. Com a filha  Natália, são uma família exemplar no Paião Figueira da Foz..Hoje ao trazer-me um recorte de uma revista alemã, recordei o mestre Casimiro, na decada de 60 que dizia aos seus colaboradores , mais de 18:
- Se não forem criadores na arte de cortar cabelos , sejam ao menos bons copiadores.
Hoje recordei esse grande cabeleireiro de Senhoras , Rua Nova do Almada , em Lisboa, A Sra. Ângela mostrou-me o recorte da revista e disse-me...:
- Sei que é capaz de fazer este corte.
- Claro, respondi.
O jeito está em perceber como estão colocados os cortes e os seus volumes e depois foi  facil satisfazer  o pedido da simpatica Senhora Ângela Caeiro.As pontas ficaram escadeadas, completamente, sobre o pescoço e as partes laterais, enquanto que no vertice , é aí que se inicia o acentuado envolvimento do corte, descaindo , descaindo até ás partes laterais e a nuca.. Obrigada minha simpatica Sra. Ângela , por me ter feito recordar esses velhos tempos em que dominava as mulheres ...claro que nos cortes de cabelos. Sejam felizes são os votos de Olimpio Fernandes.

Os jovens Rafael e Jéssica, Praia da Leirosa, Figueira da Foz

Passei uma vida a trabalhar com mulheres bonitas e outras nem por tal natureza foram sortudas.
A Jéssica, jovem e bonita, é que orientou o corte do Rafael, tem muito cabelo, disse-me. A verdade é que esta prática das mulheres de orientarem os cortes dos homens, tem um sentido tão  carinhoso, que o cabeleireiro sente que deve integrar-se numa relação bela e elevada de sentimentos. Sempre dei muito apreço a estas atitudes das mulheres no meu espaço de trabalho. O Rafael, se não fosse a Jéssica, nunca cortava em demasia o cabelo, profundamente escadeado com a navalha, solto, como deu ordens a Jéssica. Que sejam felizes .

23 de novembro de 2011

Edição de Novembro do Jornal de Resende

A inauguração do Posto da GNR de Resende, pelo Ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, é o tema central da edição de Novembro do Jornal de Resende.
Destaque, também, para quatro Resendenses que se distinguem fora do concelho: Joaquim Pinto, homenageado pelo Instituto Luso-Árabe; Valdemar Cardoso, homenageado na Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes; Tomás Ramalho, o rosto do In Tocha; Maria de Jesus Fernandes, uma pintora de arte naïf.
Na publicação, a sair no final desta semana, destaca-se, também, uma entrevista a Horácio Saraiva, Presidente da Junta da Panchorra, numa rubrica assinada por Marinho Borges, intitulada “Ao almoço com…”, patrocinada pelo restaurante Gentleman.
Terá, ainda, oportunidade de ler sobre a situação financeira da Câmara Municipal de Resende, a ligação em rede dos autarcas dos Municípios do Vale do Douro Sul, a homenagem prestada pela ATMDV a Brito de Matos e a participação da Secundária de Resende no 3.º Encontro do Projeto Pysa, realizado em Copenhaga (Dinamarca), entre outras notícias e os habituais artigos de opinião, da autoria do Dr.º João Teixeira e Dr.º Joaquim Correia Duarte.
Publicado por Marinho Borges Às 10:05

20 de novembro de 2011

18 de novembro de 2011

TONY E O SEU BELO PENTEADO

AS MODAS DO CABELOS NÃO SÃO FIXAS, MUDAM

Este meu amigo João Mateus que á uns anos usava este cabelo que a foto mostra, gostaria que vissem hoje qual é o gosto do seu corte;  bastante rapado nas orelhas e em toda a parte lateral que lhe muda a fisionomia cmpletamete.

E que tal a moda é incerta, e qual será a moda que se possa dizer qual é melhor, mais adequada ao tempo, e até á fisionomia que o enquadramento é sempre bom desde que o cliente se sinta bem, e como digo as modas são passageiras, nem que daqui a 20 anos vamos usar as mesmas.

17 de novembro de 2011

OÍIMPIO FERNANDES "CABELEIREIROS FIGUEIRA DA FOZ"



CABELEIREIRO
DE HOMENS E SENHORAS

Nascido na povoação de Casal Novo do Rio no ano de 1940, iniciou sua aprendizagem como barbeiro em Montemor-o-Velho naquela altura era comum a dispersão para outras cidades vizinhas como figueira da Foz Coimbra. onde os artistas amadureciam as suas personalidades e competências.

Hoje considerado como uma das referencias nacionais e figura de grande prestigio na arte dos cabeleireiros, e noutras tarefas muito importantes que irei descrever algumas porque seria muito extenso publicar tudo deste nosso colega Olímpio.

Pois também fez curso de cabeleireiro de senhoras, provavelmente se dedicou mais a cabeleireiro de Homens, se não estarei enganado.

Foi em Lisboa que desenvolveu cabeleireiro de senhoras e será nesta Cidade de Lisboa que que trabalhou com colegas de grande nivel e mérito profissional, tal como Casimiro,José Caetano, Mário e João Carlos.

Regressando de Lisboa, passa alguns anos em Braga, e retoma as origens estabelecendo-se na Figueira da Foz junto ao Casino. Foi pioneiro dos desfiles moda em 1988 na Figueira da Foz um espectáculo com 1500 pessoas. no Casino, enquanto membro da Associação Portuguesa de Barbearias Cabeleireiros e Instituto de Beleza, e do Centro Cultural e Artístico dos Cabeleireiros de Portugal "Porto"

Teve participações de grande interesse e bastante culturais associado a Jornais e Institutos de benfeitoria, Colaborou no jornal o Figueirense em 2005 com colegas do Porto, Diário de Coimbra 2008, com o Figueira Sport, Publicou Historia do Atlético Clube de Montemorense, Foi colaborador do Diário de Coimbra,diário da Beira, Jornal de Montemor da Figueira do qual foi Subdirector, Radio da Beira, Foi Fundador do Jornal de Terras de Montemor, e que deixou marcas em Montemor. É no entanto que na Figueira da Foz mais concretizou na Freguesia de S. Pedro, Cova.Gala que encontrou paze menos compromissos, mas sempre com os olhos na sua terra Natal que é Montemor, e conserva e cultiva as suas humildes raízes, que é assim que se consegue o sucesso.

Certamente que coroado de glorias este nosso colega, esperamos que faça estes bonitos trabalhos em prol da nossa profissão de cabeleireiros que nós tanto precisamos de homens com esta vasta cultura, e que fica bem marcada a sua grande competência a nível nacional, apesar de ter também varias participações internacionais.

Caro amigo Olímpico, Parabéns e que o meu amigo merece as maiores homenagens que se possa atribuir a um Excelente e prestigiado cabeleireiro.
Com amizade
Joaquim Pinto.
LINC: MUSEU do BARBEIRO e CABELEIREIRO

Penteados Edições Romano

ASSENTADORES DE NAVALHAS, USADOS NAS BARBEARIAS





16 de novembro de 2011





quarta-feira, 16 de novembro de 2011


Luz verde para o euro

Com toda a tranquilidade...
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PAUS-RESENDE

Palavras e afectos em torno de Resende

Terça-feira, Novembro 15, 2011


A propósito da imagem “ Santa Ana ensinando Maria a ler”

O jornal Público tem vindo a divulgar no suplemento P2 “100 Tesouros da Arte Sacra Nacional”. O de hoje é uma estátua do séc. XVIII, em madeira talhada, dourada, estofada e policromada, 63,5x39cm, que integra o rico património da diocese de Bragança-Miranda. Na representação, Nossa Senhora-menina debruça-se sobre o livro que está no colo da mãe, parecendo não se limitar a ouvir, pois faz um gesto de entendimento, como refere o Público.
Só há relativamente pouco tempo soube, pelo Anselmo, que existe uma imagem semelhante sobre o mesmo tema na sacristia do Santuário dos Remédios, em Lamego, como pode ser testemunhado pela foto. Esta representação simboliza  muita coisa: que Nossa Senhora, apresentada como exemplo de sabedoria,  discernimento e de busca de aperfeiçoamento, aprendeu a ler com o objectivo sobretudo de melhor poder interpretar e compreender as Escrituras (presume-se). Mas foi exemplo que não fortificou no seio da Igreja, pois, neste aspecto, foi amplamente cultivada e incentivada a iliteracia bíblica, o que talvez ajude a explicar a retirada destas imagens para as sacristias ou outros locais discretos.  Esta (relativa) ignorância e falta de debate relativamente à Bíblia não ajuda nada a ler criticamente e de forma esclarecida o “Último Segredo”, de José Rodrigues dos Santos.
Anselmo Borges defende a existência da cátedra do estudo da Bíblia nas Universidades Portuguesas, tal como acontece na Alemanha. E não tem fugido ao debate, como aconteceu no Encontro Regional dos Antigos Alunos da Sociedade Missionária da Boa, realizado no passado domingo em Valadares, e que pode ver e ouvir aqui.
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Publicado por Marinho Borges Às 20:07