22 de setembro de 2009

HISTÓRIA DA ONDULAÇÃO ''PERMANENTE''




















HISTORIAL DA ONDULAÇÃO “PERMANENTE”

“ através dos séculos, a sua história, demonstra as várias tentativas
por parte do homem, em conseguir uma cabeleira ondulada.”

OS EGÍPCIOS, usavam a água e o barro para ondular os seus cabelos,
enrolando-os em pequenos cilindros de madeira e de seguida, eram
colocados a secar ao sol.

POSTERIORMENTE, NA ANTIGUIDADE EM ROMA, praticava-se a ondulação a
ferro, utilizando uma bigorna e um martelo de forma côncava aquecido
numa forja a determinada temperatura , moldando desta forma os cabelos.

NO ORIENTE E NA GRÉCIA, não duvidaram em utilizar os mesmos processos
dos seus vizinhos, porque as mulheres de longos cabelos gostavam de os
ter ondulados.

NO DECORRER DO SÉCULO DE LUIS XIV, os métodos eram infernais. Só podiam
ser empregues em cabeleiras enroladas sobre moldes utilizando a terra re-
flactária, sendo submetidas a uma cozedura durante horas utilizando uma
marmita com água a uma temperatura do meio ambiente, passados em
seguida a um forno.

Foi assim, que durante séculos, foram conseguidos alguns resultados on-
dulatórios, por vezes, pouco felizes.
“ Ainda existem em alguns museus e teatros cabeleireiras em razoável estado
de conservação dessa época.”

EM ÉPOCA MAIS RECENTE, PRECISAMENTE EM 1880, é lançado em França pelo
cabeleireiro francês “MARCEL”, o método da ondulação directa. Este
método ficou conhecido pela ondulação a marcel.

Nessa época, eram utilizados ferros redondos, tipo tenaz de diversos diâme-
tros e configurações, aquecidos num forno metálico tipo (lamparina). Era
utilizado o petróleo como fonte de energia , sendo mais tarde substituído
pelo álcool.

MAIS TARDE, o método” Marcel,” foi evoluindo pelas mãos de RENÉ RAMBAUD,
também ele cabeleireiro francês, formando uma prévia ondulação de caracóis
na forma espiral. De seguida, executava o penteado. Este método foi utilizado
durante mais de 30 anos, tendo ficado conhecido por “ ondulação a Marcel.”

Ainda hoje, é executado este processo nos Campeonatos Mundiais , sendo
também, uma das provas a prestar na avaliação das carreiras profissionais.

FOI NESTA BASE DE PROCESSOS E DO CONHECIMENTO, que se desenvolveram
técnicas de execução e variadíssimos moldes de ferros e outras ferramentas
para ondular ou alongar os cabelos.

EM 1906, EM LONDRES, UM CABELEIREIRO DE ORIGEM ALEMÃ “ KARL NESSLER ,”
também conhecido por “Carl Nestlé,” que conseguiu permanentes com
carácter de “permanência”, submetendo os cabelos a vários tipos de soluções
químicas activadas por aquecimento directo sobre os mesmos.

No início dos seus trabalhos de investigação NESTLÉ, também usou a água
como loção frisadora activada com calor, utilizando para o efeito,
um aparelho de aquecimento a gás, tendo sido abandonado este processo por
falta de permanência e durabilidade da ondulação.

PROSSEGUINDO AS SUAS INVESTIGAÇÕES, por outras vias, por volta de 1909,
descobriu que a utilização do bórax em pasta, era mais eficáz, sabendo que
isso causava frequentes e sérios dados ao cabelo.

POSTERIORMENTE, fez novas experiência, substituindo o bórax por sais alca-
linos de: carbonatos e fosfatos sem conseguir ainda uma eficáz protecção
do cabelo e da pele do couro cabeludo.

ENTRE o período de 1909 1914, diversas vicissitudes se passaram para se ter
um melhor conhecimento da estrutura física e química do cabelo.

Era de vital importância ter-se esse conhecimento afim, de melhorar as solu-
ções químicas. vencer a sua resistência física, como no desenvolvimento e
aperfeiçoamento de um aparelho menos incomodo e de maior eficácia.

EM 1914, NESTLÉ PARTE PARA OS E.U.A., seguindo de perto o evoluir da Primeira
Grande Guerra de 1914 a 1918.

NESTLÉ E O QUÍMICO EMÍLE LONG, melhoraram a química do amoníaco, juntando-
-lhe o sulfato de sódio e ferro. Foi através desta combinação química que
conseguiram de alguma forma (+ ou -), o ponto ideal de frisura e os melhores
obtidos até aqui na frisura dos cabelos.

NESTE MESMO ANO, EUGÉNE SUTTER, aproveitando os resultados da
invenção de Nestlé, desenvolveu um aparelho eléctrico constituído por
20 chauffages que actuavam em simultâneo.
Por outro lado, RENÉ BAMBAUD, criticava esta forma de “permanente”.

WARVING, impunha as suas ideias (domésticas), ou seja: que belas ondulações
e bons cabelos só poderiam ser obtidos através da água.

EM 1924, JOSEPH MEYER, revolucionou um pouco a técnica de enrolagem dos
cabelos, inventando o enrolamento automático.

EM 1926, É APRESENTADO EM PARIS,o primeiro aparelho eléctrico com fios,
e o enrolamento do cabelo pelas pontas com aquecimento progressivo,
desenvolvido pela casa GALLIA.

POSTERIORMENTE, GASTON BOUDOU DA CASA Gallia, desenvolveu e aperfei-
çuou a mais completa gama e técnicas na criação de um leve aparelho a
quente, ainda hoje, existentes em museus e em alguns salões como peças do
passado recente.

PODE AFIRMAR-SE QUE A PARTIR DESTA DATA, jamais parou o progresso
técnico e científico para a obtenção da ondulação dos cabelos em estado
permanente, mas reversível.

NA REALIDADE, O INVENTOR DA PERMANENTE A QUENTE, foi sem dúvida Karl
Nessler, mais conhecido por NESTLÉ.”

NOS ANOS 30, começou a desenhar-se um novo processo químico para
ondular. Foi a aparição da designada permanente “OVER NIGHT,” cujo pro-
cesso requeria para o seu total desenvolvimento, entre 6 a 8 horas de
temperatura ambiental.
Foi um processo sem grande sucesso devido à sua morosidade.

EM 1934, A CASA PERMA, apresenta em Paris , o seu primeiro aparelho, desi-
gnado por “REGINA”, cuja temperatura das ghauffages não chegavam a
atingir entre os 250 a 300º C.

TAMBÉM EM 1934, O PROFESSOR SPEAKMAN, do Depº. das Industrias Têxteis da
Universidade de Leeds, na Inglaterra, desenvolveu uma loção química à base
de sódio à temperatura de 40º.C, dando lugar a um novo impulso à ondula-
ção “permanente,” utilizando um novo tipo de aparelho eléctrico de dimen-
sões reduzidas leve e eficáz com barras de aquecimento e chauffages com o
método de enrolagem dos cabelos pelas pontas, utilizando loções químicas
progressivas.

Este processo de permanente a quente, foi sendo destronado aos poucos pela
permanente a “MORNO,” e posteriormente, pela permanente deeprocessamento
a frio.

A PERMANENTE A MORNO, também conhecida por TÍBIA ou de autocalor. Foram
iniciados os seus primeiros ensaios em 1946, pelas casas:

Gallia e Perma,com a diminuição do calor, entre os 100 e os 120º.C. , compen-
sadas pelo emprego de soluções mais activas em relação às utilizadas para a
permanente a quente.

Foi lançada comercialmente em Paris em 1948.
“ Deve-se mencionar aqui, que outras empresas do ramo da cosmética capilar,
muito contribuiram para o desenvolvimento tecnológico de aparelhos com
designs e com nominativos próprios como no desenvolvimento de fórmulas
químicas para a ondulação “permanente”, tais como:

Franz Stoher , fundador da casa Wella
José Colomer, fundador da casa Henry colomer
L,oreál
como tantos outros,...

FINE, NOS ANOS 40, FOI DESCOBERTA E ENSAIADA A VERDADEIRA
“PERMANALMENTENTE A FRIO.” Esta, baseada numa solução amoniacal, tendo como
princípio activo o Ácido Tioglicólico e/ou derivados,do mesmo. Ainda
actualmente são utilizados nas loções redutoras para a ondulação.

Nasceu nos E.U.A. por volta de 1942 no decorrer da 2ª. Guerra Mundial,
conquistando rápidamente o Mundo, principalmente a Europa Central.

NAS DUAS ÚLTIMAS DÉCADAS DO SÉCULO PASSADO (xx), deu-se uma evolução química
e tecnológica de vital importância na “ondulação permanente.” Na qualidade das
loções químicas (redutoras), nos sistemas de enrolagem (mecânica), de controlo
visual ou por controlo electrónico.

No entanto, todas as inovações introduzidas actualmente continuam imutáveis
aos mesmos princípios de 1942,.Sejam elas, tecnológicas ou outras adaptáveis à
transformação original dos cabelos.

SINTETIZANDO TECNICAMENTE: OS PRINCÍPIOS GERAIS DA ONDULAÇÃO “PERMANENTE,
feitura ou o alojamento dos cabelos, apresentam várias dificuldades que devem
d4e ser ultrapassadas com critérios e rigor.

A principal é, pelo facto de o cabelo se comportar como uma fibra elástica o que
Significa que após sofrer uma variação na sua forma, o cabelo regressa à sua
forma original num determinado espaço de tempo. “É reversível.”
para se evitar esse regresso, é necessário transformar o cabelo, provisoriamente,
numa fibra plástica de modo a poder conservar a forma imposta.

TRÊS PROCESSOS, estão implicados e interligados na obtenção dos resultados
finais:
o amoleimento das cadeias queratínicas
a reconstrução das mesmas
a fixação dos resultados obtidos, através da neutralização.

Actualmente, as loções frizadoras, contém agentes redutores, que ao romperem os
enlaces (duplos), de enxofre do cabelo, produzem o amolecimento deste, permi-
tindo assim, uma reconfiguração da forma desejada. Em seguida, é aplicado um
agente oxidativo, o qual confere uma reordenação dos enlaces (duplos) de enxofre
em nova forma dos cabelos, ou seja, em ondulados.

De modo geral, o processo químico e mecânico para uma boa permanente, depende
essencialmente de seis factores:
– diagnóstico
– processamento mecânico: convencional ou direccionado
– boa penetração da loção redutora
– o pH da loção, ou seja, a sua concentração de força
– tempos de pose com controlo visual no desenvolvimento
ondulatório ou através de meios electrónicos.
6) -- neutralização/fixação dos resultados obtidos.

! A TÉCNICA, A SABEDORIA, E A QUÍMICA, SÃO AS CHAVES FUNDAMENTAIS PARA O SUCESSO...

texto elaborado e cedido por,
José Manuel Lopes.

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