colorimetria capilar
... O FASCÍNIO DO SENSUAL,
A EXPRESSIVIDADE CINTILANTE DA
CROMATICIDADE, SÃO A MAGIA E A
SEDUÇÃO HETEROGÉNIA DA
BELEZA SONANTE DOS CABELOS !...
A COR NATURAL DOS CABELOS; é determinada pela presença de pigmentos
melânicos que se encontram no interior do Cortex, sendo produzidos por um
agente químico/orgânico, a “MELANINA.” Esta, tem o seu desenvolvimento
no interior das células, através dos melanócitos, existentes em toda a cama-
da basal da pele, sendo os autênticos geradores dos pigmentos. Por sequência,
os responsáveis pela cor natural da pele, do CABELO, das unhas e da Íris ocu-
lar. Partindo deste princípio, todos os cabelos têm pigmentos os quais trans-
mitem a cor natural aos cabelos com exclusão dos cabelos translúcidos os
(brancos) e dos indivíduos que sofrem de albinismo.
AFINAL O QUE É A MELANINA? É, um polímero de células de elevado peso
molécular insolúveis à água e à maioria dos dissolventes. Quimicamente, é
pouco reactiva. Só é possível alterar a sua composição, através de produtos
oxidativos ou pela acção de soluções alcalinas.
EXISTEM DOIS TIPOS DE MELANINAS: nos cabelos escuros predominam os
pigmentos granulosos (tipo R), classiificados por Eumelaninas.
nos cabelos mais claros predominam os pigmentos difusus (tipo J), classifi-
cados por Feomelaninas.
O COLORIR DOS CABELOS; já vem desde a antiguidade.
Em síntese: os Egípcios foram os primeiros a utilizar extractos vegetais e
compostos metálicos para colorir os seus tecidos. Posteriormente, aplica-
ram essas metodologias nas cabeleireiras e mais tarde aos cabelos.
Já no decorrer do Século XIX, foi descoberto que certas substâncias criadas
por sintetização química tinham capacidade de pintar fibras de animais.
Posteriormente esses princípios e métodos para colorir os cabelos dos humanos.
Já no segundo quarto do Século XX, aperfeiçoaram-se os colorantes capilares
e o seu uso começou a estender-se à sociedade até aos dias de hoje.
Presentemente, existem variadíssimos produtos e opções para colorir os
cabelos.
! SEM LUZ NÃO EXISTE COR...
O SOL, é uma fonte de energia que se difunde numa gama de radiações em ondas
magnéticas que chegam até nós.
A radiação luminosa, ( a luz branca), são parte dessas radiações perceptíveis
pelo olho humano, através da banda de visibilidade de 380 a 780 nm.
A luz branca, através do seu espectro, é decomposta em seis cores:
> Violeta, Azul, Verde, Amarelo, Laranja e Vermelho <
Cada objecto alcançado pelo prisma da luz, comporta-se como um espelho,
reflectindo completamente ou em parte a luz pelo qual é atingido.
Se o objecto reflecte a luz por completo, o olho humano vê-o branco.
Se absorve por completo, o olho vê negro.
O BRANCO é a cor reflectante. O NEGRO é a cor absorvente.
Entre os dois extremos, depende da propoção entre a quantidade de luz
reflectida e a observida.
O olho humano, prepociona as diferentes cores e a sua intensidade através da
imensidão dos coloridos da natureza ou cores preparadas pelas tecnologias
laboratoriais.
PARA O CABELEIREIRO É FUNDAMENTAL, saber interpretar a ciência que
estuda as “Leis Básicas da Colorimetria,“ as quais definem a sua grandeza e a
sua dimensão.
É imprescendível, entender o Círculo Cromático através da “ A Estrela de
Ostwald e o disco de Newton” os quais indicam as cores PRIMÁRIAS (fundamentais),
e as cores SECUNDÁRIAS (complementares), como a sua neutralização entre si.
DEFINIÇÃO:
As Cores PRIMÁRIAS, são: o Vermelho, o Amarelo e o Azul.
Misturando duas a duas em partes iguais, obtêm-se as cores SECUNDÁRIAS
ou seja, as cores complementares:
amarelo + azul = Verde
azul + vermelho = Violeta
amarelo + vermelho = Laranja
CLASSIFICAÇÃO DAS CORES:
Tons Quentes > Amarelo, Laranja, Vermelho
Tons Frios > Violeta, Azul, Verde
COMPLEMENTARIDADE Das CORES:
As cores primárias e secundárias, para além de serem usadas para criar novas
cores, podem ser combinadas entre si para neutralizar ou para contrastar
determinada cor com outra.
Exemplo: misturando o amarelo com o violeta, o laranja com o azul obtém-se um tom
neutro, (cinzento).
O uso destas cores em diferentes concentrações cria cores e matizes diferentes.
O amarelo está posicionado no círculo cromático oposto ao violeta.
É fácil de entender a sua complementariedade quando se sabe que o
violeta é uma combinação de vermelho e azul; adicionando-lhes o
amarelo, obtém-se uma combinação das três cores primárias, as quais,
se neutralizam umas às outras obtendo-se como resultado o preto.
SINTETIZANDO:
Os Tons Quentes: o Amarelo, o Laranja e o Vermelho, utilizam-se para
neutralizar as cores frias.
Os Tons Frios: o Violeta, o Azul e o Verde, utilizam-se para neutralizar
as cores quentes.
TIPOLOGIAS COLORATIVAS CAPILARES
Presentemente, existem vários tipos de colorantes. Cada um propociona
determinados efeitos e durabilidade. Desta forma, temos:
Os colorantes “TEMPORAIS” têm efeitos matizantes e
são de curta duração.
Os corantes “SEMIPERMANENTES” têm duas
variantes: os de aplicação DIRECTA com efeitos tonali-
zantes de média durabilidade e os designados por
por TOM S/ TOM que necessitam de um veículo de média
oxidação para desenvolver e revelar a sua cor com
alguma eficácia na tonalizaçã e nacobertura (média)
nos cabelos brancos, durabilidade sem grandes altera-
no matiz dos cabelos naturais.
Os colorantes “PERMANENTES”,também designados por
oxidativos, têm a capacidade total na polimerização dos
pigmentos naturais e na opacidade,(cobertura dos cabelos
brancos.
Existem outros tipos de produtos com efeitos matizadores,
tais como: champôs, máscaras e outros para o embeleza-
mento dos cabelos, os quais se podem classificar como
progressivos.
A NOMEMCLATURA DAS CORES CAPILARES
São classificadas por numeração cardinal e/ou composta pela seguinte ordem:
- a sua altura de tom
- o seu matiz primário
- o seu matiz secundário.
OBS: algumas marcas de colorantes capilares, os seus laboratórios
de investigação e desenvolvimento criam alguns tons com terceiro
matiz de reflexibilidade. Como exemplo: os tons irisados, nacarados
ou de outra índole imaginativa.
Partindo deste princípio ; os tons fundamentais da Escala Universal, são
representados por numeração cardinal, iniciada pelo número (1)-preto
terminando no número (10)-louro extra claro.
Todas as outras tonalidades que possam existir nos catálogos de coloração,
independentemente do fabricante, são tons compostos com simbologias
próprias para a sua definição e conhecimento.
O profissional tem de saber definir os matizes de um determinado tom (com-
posto), como a sua intensidade de reflexibidade:
O matiz cinza ........................ tem o numérico .......... 1
o matiz bege ......................... “ .......... 2
o matiz dourado .................. “ .......... 3
o matiz acobreado .............. “ .......... 4
o matiz acajú ........................ “ .......... 5
o matiz avermelhado ......... “ .......... 6
o matiz esverdeado ....(a).... “ .......... 7
(a)-presentemente, não são muito utilizáveis os matizes esverdeados na
coloração dos cabelos.
Partindo dos princípios das nomenclaturas das cores dos seus matizes e
reflexos, dando-se como exemplo: o tom “Louro Natural Acobreado
Dourado,tem-se a seguinte ordem numérica:
- O Louro Natural,corresponde à altura de tom da
escala universal de:(1 a 10).
-O matiz acobreado,o (primário),corresponde ao número 4
-O matiz dourado, o(secundário),corresponde ao númrro 3
Por esta lógica numérica, temos a nomenclatura do tom:7.43.
os matizes têm a capacidade de reflectir sobre o tom, transmitindo-lhes a sua
intensidade, reflexibilidade e brilho.
O reflexo de um determinado objecto ou corpo, neste caso, o CABELO, é a sua
capacidade de absorção em que os tons se enriquecem.
É um efeito puramente lumínico que potencia a vivacidade e a luminosidade
na sua transparência no seu brilho e na sua beleza sem que para tal tenha de se
alterar a sua matiz.
A profundidade e intensidade de uma qualquer cor, têm como objectivo o
embelezamento dos cabelos no seu todo.
A capacidade na opacidade dos cabelos brancos e a luminosidade dos tons estão
condicionados às característicasdos cabelos, respeitante ao seu grau de
permeabilidade aos diversos produtos capilares. ( + ou - ).
A fixação e estabilização dos pigmentos ,sua durabilidade,muito depende de
vários factores. Existem regras muito concretas e específicas as quais devem
ser seguidas em concertação técnico/química e de conhecimentos com toda a
sua mestria e rigor:
Diagnosticar e determinar os objectivos
Preparação e aplicação de um determinado colorante
Vigiar e controlar,visualmente, a evolução da cor,
suas reações e determinar os tempos de pose a cada caso
FINALIZAÇÃO
A FORMULAÇÃO QUÍMICA DOS COLORANTES CAPILARES; têm de possuir
moléculas,(pigmentárias), de elevado grau de pureza e de conjunção que
sejam compatíveis e de fácil aderência e penetração através da Cutícula
capilar.
Cada tipo de colorante é, adaptável às diversas circunstâncias colorativas.
Os tons podem ser misturados entre si. Desta forma, o profissional cria a sua
própria personalidade de cor ,tendo sempre em vista, o matiz que pretende dar
à mesma.
A SUBSTANTIVIDADE QUÍMICA; deve ser compatível com a estrutura físico/química
do cabelo. sendo através dos percursores da melanina, possam resistir aos
agentes físicos naturais como aos variadíssimos químicos capilares.
A investigação sobre este campo, muito se tem desenvolvido e esforçado na procu-
ra de novos agentes químicos, de novas fórmulas, de novos conceitos e critérios que
sejam mais compatívis com a massa capilar e menos agressivos para com a pele e o
cabelo.” É a procura entre a cromaticidade e a beleza dos cabelos.”
O MAIS IMPORTANTE É SEM DÚVIDA; ter uma base de conhecimentos e de conceitos
em colorimetria como nas várias áreas tecnológicas “aplicativas.”
Há que ter em mente, que o cabelo é um elemento específico e de formas
diferentes. as distintas acções produzidas nos mesmos, requerem conhecimentos e
sebedoria.
Cada cabelo, tem de ser considerado como um caso muito específico e pontual.
OS SEIS PROCEDIMENTOS DE COMPLEMEMTARIDADE AO CAMPO COLORATIVO:
- Descoloração (integral ou localizada)
- Mordente
- decapagem (desoxidação de pigmentos artifíciais)
- Pré-coloração
- Pré- pigmentação
- Varrimento de matizes (limpesa)
Sobre esta base de conceitos e procedimentos, o profissional tem de agir em com-
formidade com as necessidades de cada cabelo a tratar
A selectividade do tom, a pureza cintilante e harmoniosa, os reflexos subtis e
personalizados, são a senda do dia-a-dia do profissional na constante procura do
fascínio e expressividade na arte criativa.
texto realizado e cedido por:
José Manuel Lopes
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