14 de fevereiro de 2014

OLIMPIO FERNANDES COVA GALA FIGUEIRA DA FOZ


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Gosto do silêncio da noite. Mais própriamente da madrugada. É quase sempre nessas horas tardias que venho até ao computador, e escrevo o que me dá para tal.
Por vezes caio em lapsos, e só com a luz do dia seguinte, reparo neles.
Hoje foi este : - o dito Sr. a quem eu frisava o grande bigode, chamava-se Alfredo Mendes. O apelido Garrafão, que ele não enjeitava, até o aceitava com gozo, foi-lhe atribuido por ser um homem forte, e barrigudo...  Recordo-me que um dia um automóvel em marcha lenta deu-lhe um toque, e ele caiu desamparado na estrada de paralelípipedos. Pesado como era não se levantou, apesar de nada ter sofrido; logo acorreram pessoas para o socorrer, e ele só dizia - "aí, agora é que deram cabo do Garrafão... lá se foi o Garrafão..."
Depois disso ainda viveu muitos anos, e já partiu há muitos também. Porém ainda o recordo,
"e o vejo" vestido  com o seu sobretudo de cabedal, e de bengala na mão a caminhar.
Ah, e recordo também o acto de lhe frisar o bigode de estimação.

O ferro de frisar bigodes. Saliento a importancia do museu do barbeiro e cabeleireiro, do meu colega Joaquim Pinto, pois assim podemos conhecer as nossas origens na profissão Nos anos 50 em Montemor aprendi a frisar o farto bigode ao Sr. Alfredo Garrafão, montemorense idoso e que tinha gosto no seu longo bigode. Obrigado colega J.P. por estas extraordinárias memórias que certifica a nossa bonita profissão


Um abraço para o meu colega no Porto Manuel Santos,o qual me enviou estes trabalhos com arte e aventura para jovens deste tempo.

Foto: Hair: Chris Wild- The Vanilla Rooms

Fernando Tordo não tem talento neste país!!!

Cantou como ninguém o adeus á tristeza, agora vai dizer adeus ao seu país ,rumando ao Recife, Brasil, porque nos seus concertos tem sido difícil juntar público suficiente!
 Para mim foi chocante esta noticia, quando partem os melhores compositores, músicos, poetas, pergunto ao vento que passa, que país eu tenho e vou deixar ao meu neto ( a todas as crianças deste belo pedaço de terra, do Minho ao Algarve, quando vejo partir estas referências culturais.  País que esgota os espetáculos de Liliane Marise, e prefere a penúria social e a linguagem da Casa dos Segredos, enquanto as televisões mercenárias( porque estupidas e que nos enfiam os piores conteúdos) não percebem que estes artistas fazem falta pela mensagem que nos permitem pensar e sentir os valores da vida em comunidade.
Fernando Tordo, interpretou as eternas poesias de Ary dos Santos, vai  partir com 50 anos de vida artística, dezenas de discos editados e canções intemporais, deixando um país com muitos valores no sector, é certo, mas francamente que os pimbas e as pernas ao léu, nada tem em comum,  a arte dos temas musicais e poéticos do Fernando Tordo.
Que tenha muitos êxitos, para acentuar mais a minha tristeza, ao notar a que estado o país chegou, desvalorizando o mérito e a seriedade dos grandes artistas, que em boa verdade não podem ter lugar na mediocridade.

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