6 de setembro de 2014

4 de Setembro de 2014

Revista Sábado


Sociedade

Também há a escova e a navalha do rei D. Carlos. Joaquim Pinto exibe-os com orgulho no Museu dos Barbeiros e Cabeleireiros, no centro comercial Apolo 70
Por Tiago Carrasco
Na feira de Algés, uma escova com cabo de prata prendeu a atenção do barbeiro Joaquim Pinto. A vendedora sabia que a peça era antiga e nobre, mas não tinha reparado no símbolo que se encontrava na parte de trás do objecto – RC –, as iniciais do Rei D. Carlos, monarca assassinado em 1908. Joaquim acabou por comprar a escova real por 75 euros. “Se a comerciante soubesse que era a escova do rei, teria custado uma fortuna”, diz o barbeiro-coleccionador.
Há mais de 30 anos que este homem anda de feiras em antiquários à procura de relíquias relacionadas com a arte de barbear e pentear. Aos objectos comprados somam-se os que lhe foram oferecidos, como a navalha com brasão real que talhou o penteado de D. Carlos, entregue por um velho amigo do barbeiro do rei; e os usados pelo próprio Joaquim na cabeça e na face de grandes personalidades portuguesas, como a tesoura e restantes ferramentas que desenharam o último corte de Francisco Sá Carneiro. “Foi para o outro mundo com um penteado feito por mim”, diz Joaquim, num tom que mistura orgulho e pesar.
Leia o artigo, na íntegra, na revista de 4 de Setembro, com as imagens do objectos da colecção. E veja aqui o vídeo da reportagem.

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