21 de março de 2010

BARBEARIAS E CABELEIREIROS DE HOMENS DA BAIXA DE LISBOA

BARBEARIAS E CABELEIREIROS DE HOMENS DA BAIXA DE LISBOA

Há dias vi uma reportagem na revista de domingo do Diário de Noticias que não poderia deixar de dar os parabéns a este jornal e muito mais a quem escreveu este interessante artigo.

Os barbeiros da baixa caíram infelizmente numa crise que será irreparável para estes nossos saudosos colegas, em que estamos todos solidários com eles.

Quando comecei minha profissão há 44 anos ainda era um luxo ir ao barbeiro á Baixa Lisboeta, que ainda as barbearias eram coisa digna de se entra por ver tanto movimento, e os profissionais não tinham mãos a medir.

Nesse tempo eram grandes profissionais, muito seleccionados para trabalhar nestas barbearias, que eram a fina flor de estabelecimentos e só poderia trabalhar quem fosse muito artista.

Nesse tempo fazia parte da cultura Lisboeta e não só que vinham de longe para tratar um pouco da nossa civilização que era cortar o cabelo e fazer a barba.

Estes grandes artistas que foram os homens do sete ofícios, e verem agora a perder o seu ganha pão desaparecer, a uns homens que foram em outros tempos barbeiros cirurgiões, barbeiros dentistas, barbeiros de guarnecer, e agora estão nestas condições.

Não quero acusar ninguém com esta opinião, os tempos mudam e as coisas acontecem, jamais será meu propósito fazer ideia como aconteceu.

Lembro-me da barbearia na Rua da Conceição, do meu saudoso amigo e meu Formador do curso de cabeleireiro de homens, Sr. Alberto Carvalho Abrantes, que serve a presente par o recordar que foi um dos melhores Cabeleireiro de Homens em Portugal

Aproveito para em nome de todos cabeleireiros que ele deu a Formação de cabeleireiro de homens, a nossa humilde homenagem a um homem que tanto trabalhou em prol da profissão em Portugal e no Estrangeiro e nas tão saudosas barbearias da Baixa Lisboeta que foi o nosso querido amigo que tantas vezes veio almoçar comigo, Sr. Alberto Carvalho Abrantes.
Com amizade
Joaquim Pinto
LINC: MUSEU do BARBEIRO e CABELEIREIRO

1 comentário:

Manuel Paula disse...

Caro Sr. Joaquim Pinto ,tenho uma paixão muito grande, pelas antigas barbearias da baixa lisboeta, guardando na minha memória, alguns barbeiros que tive o privilégio de conhecer.

Em 1962 com 12 anos, fui trabalhar para a barbearia Palácio Elegante como paquete. Nesse local lindo, eram sócios/patrões o Sr. Santos; Sr.. Jerónimo e o Sr. Neto (possivelmente já não estão entre nós? Quase que lhe podia enunciar todos os artistas/barbeiros que ali trabalhavam. O Costa, o José Maria dos Santos, o Mestre Chico. Nesse ano foi para lá trabalhar o Sr. João (que mais tarde salvo erro abre a Barbearia Brasília).

Em 1964 mudei-me para a Barbearia Rosa de Maio, onde era sócio gerente o Sr. João de Abreu. Nesse local estava o Magalhães (que vai passar posteriormente pelas barbearias Centra e Torres, respectivamente Rua da Assunção e Rua do Ouro. Na Rosa de Maio trabalhava o Jaime, que mais tarde em 1974 é sócio da barbearia Africana. Sinceramente tenho esses dois locais na minha memória histórica, Só lhe mencionei alguns nomes, mas podia-lhe mencionar os nomes de todos, desde engraxadores, manicuras etc. Na barbearia Palácio Elegante na Rua do Ouro, havia um barbeiro que se destacava pela sua veia artística, era o Sr. João, que salvo erro vinha da Rosa de Maio. O Magalhães era ao grande referência da Rosa de Maio.

Peço desculpa se por acaso exagerei neste meu comentário.

Um abraço

Queluz 18 de Novembro de 2014

Manuel Paula

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