OLIMPIO FERNANDES "CABELEIREIROS"
FIGUEIRA DA FOZ
Regressando ao tema em epigrafe, necessáriamante curto,vou situar-me na década de 6o, em que a baixa era um imenso centro comercial, porque os grandes espaços deste tempo, estavam muito longe no imaginário dos comerciantes na baixa em Lisboa.
O grave problema é que a economia ancorou o seu desenvolvimento num ruinoso consumo-e que está nas tintas para sectores de economias,agora considerados tradicionais.
Naturalmente,perdi o contacto com a baixa de Lisboa, por volta dos anos 7o, mas nessa época não existia crise, fosse no que fosse , na baixa em Lisboa. Enquanto fazia formação em cabeleireiro de senhoras, cheguei a trabalhar aos sábados em barbearias,pois era uma ajuda para a minha manutenção, cujo quarto para dormir se situava na Rua da Bica.
Mas voltando ás barbearias e ao comercio generalizado,dessa época,e na baixa,apetece-me dizer que estes fenómenos,coexistem com o regime de arrendamentos urbanos e de casas envelhecidas, já que na baixa em Lisboa, também em Coimbra, Bairro Novo, Figueira da Foz,tornaram-se terras de ninguém, desertificadas, com a brutalidade do grande Capital,a impor as suas regras de nova ordem social,com a onda dos Centros Comerciais Até breve. Olimpio Fernandes.Figueira da Foz
30 de Março de 2010 04:26
Se estou já no patamar dos 70 anos,e porque julgo não possuir o estafado pretenciosismo,venho de novo manifestar-vos a minha opinião sobre a crise das barbearias, não só na baixa em Lisboa, porque não noutros locais.
Na anterior opinião,disse que a crise das barbearias,estaria nas transformações económicas e de consumo, sempre insensível a qualquer lógica local, desde que outras modernices viessem a propósito, em parte pode ser assim...Mas o caso da baixa de Lisboa, assim com em Coimbra, bairro Novo, Figueira de Foz, tem muito com o seu despovoamento,já que não havendo pessoas,as crises instalam-se!
A verdade é que surgiram outras ofertas de serviços mais aliciantes e modernas,super desenvolvidas, e o suporte do tradicionalismo não aguentou a concorrência.Por exemplo.
Aqui na Figueira da Foz,o Bairro Novo,com o seu Casino, foi á uns anos, uma zona envolvente no Verão, especialmente,com milhares de pessoas hoje está reduzida a metade, isto porque o Jumbo, tudo levou para o seu espaço, onde se estaciona,janta ou almoça,enfim.o publico tem tudo o que precisa.D
e certo,que na baixa em Lisboa,terá acontecido o mesmo fenómeno,mas vou abordar um tema controverso,na próxima opinião, ou seja a nossa tendência para o rame-rame e ai temos muitas culpas das crises que nos inquietam, porque não é em vão que a malta da pesada procura os Salões de Senhoras, algo nos compete disputar nessas exigências dos jovens,mas isso fica para a próxima, pois agora como cabeleireiro de Homens e barbeiro, estou atento, o mais que posso.
30 de Março de 2010 20:14